Os dias que se seguiram ao convite de Miguel passaram mais rápidos do que Eloise gostaria. Entre gravações, revisões de roteiro e pequenos momentos, ela quase conseguiu esquecer o modo estranho como o pai entregara aquele cartão preto. Quase. De vez em quando, ela se perguntava o que estava acontecendo e se deveria ter esperança.
Na tarde da festa, Jason fechou o laptop e foi até o quarto, onde Eloise experimentava pela terceira vez o vestido escolhido para a ocasião. Ele parou à porta, cruzando os braços, com um meio sorriso nos lábios.
— Se a ideia era eu esquecer como se respira, está funcionando — comentou, fazendo-a rir.
— Bobo — disse ela, ajeitando o tecido preto no espelho. — Está muito chamativo?
— Está perfeito — respondeu ele, aproximando-se para arrumar a faixa na cintura dela. — E combina com o que eu vou usar.
Jason tinha optado por um terno preto também e camisa branca aberta no colarinho. Atingindo a impressionante façanha de parecer elegante e despojado ao mesmo tempo