As luzes fluorescentes do Hospital iluminava fortemente o quarto privativo dos pacientes, e o bipe dos monitores era o único som que quebrava o silêncio desconfortável. Adônis estava sentado, recostado na cama, mexendo distraidamente em um copo de gelatina de limão com uma colher de plástico. A doçura artificial mal era percebida em sua língua. À sua frente, seus pais, Michael e Adoria Cooper, sentavam-se em cadeiras de encosto rígido, com os olhares cheios de uma preocupação evidente.
Michael, seu pai sempre severo, soltou um suspiro lento e comedido antes de finalmente quebrar o silêncio.
— Por que você está fazendo isso consigo mesmo, Adônis?
Sua voz era cautelosa, mas também estava cheia de uma raiva que mal mascarava a emoção mais profunda por trás: o medo.
Adônis engoliu em seco, sua garganta estava seca.
— Eu não estou...
— Não me venha com essa. — Michael o interrompeu, com o olhar penetrante queimando o filho. — Olha só você. Você está num maldito hospital comendo gelatina co