Ela não se machucou. Meses atrás, aquelas palavras a teriam destruído. Ouvi-lo descartá-la, reduzi-la a nada, teriam se aprofundado nela, apodrecendo, fazendo-a questionar tudo.
Mas agora ela só se sentia cansada.
E talvez um pouco de pena dele.
Quando Adônis finalmente se virou e a viu parada ali, algo brilhou em seu rosto, choque, talvez até uma ponta de culpa. Mas então, como sempre, ele escondeu na arrogância.
— Ora, ora... — disse ele lentamente. — Falando no diabo.
Katherine inclinou a cabeça, estudando-o como se ele fosse um estranho. Porque era exatamente isso que ele era.
— Sabe... — disse ela lentamente, com a voz firme — pensei que ouvir você dizer essas coisas fosse doer. — Ela o encarou. — Mas não doeu nem um pouco.
Adônis zombou.
— Ah, qual é, Kate...
— Não. — ela o interrompeu, dando um passo à frente. — Você não pode fazer isso. Não mais.
Adônis se mexeu, desconfortável.
— Não foi...
— Não. — ela o interrompeu novamente. — Preciso que você ouça isso. Você f