5 MESES ATRÁS.
Katherine ficou paralisada na porta, com o bipe constante dos monitores do hospital abafado pelo rugido em seus ouvidos.
Ela não pretendia parar. Não pretendia ouvir. Mas a voz de Adônis a atraiu, envolvendo-a como um fio, puxando-a em direção a uma verdade que ela não estava pronta para encarar.
— Eu simplesmente não entendo. — murmurou Adônis, com a voz baixa, mas carregada de frustração. — Como isso está te ajudando, Ester?
Ester suspirou, remexendo-se levemente na cama do hospital.
— Adônis, por favor. — Sua voz era leve, persuasiva. — Você está pensando demais.
— Não. — Disse ele com firmeza. — Você pediu por ela , e agora ela tem que cuidar de você... como isso ajuda?
Katherine prendeu a respiração.
Ester soltou uma risada suave, quase divertida.
— Faz sentido, não acha?
Adonis expirou bruscamente, esfregando o queixo.
— Não vejo como colocá-la nessa posição beneficia alguém.
Katherine se afastou da porta, com o pulso pulsando nos ouvidos.