Ester andava de um lado para o outro no quarto de hotel, o celular apertado com tanta força que os nós dos dedos estavam brancos. A luz da tela iluminava seu rosto tenso, mas nada amenizava a fúria que distorcia suas feições.
Quatro ligações. Quatro malditas ligações, todas dizendo a mesma coisa: seus papéis estavam sendo "redimensionados", os diretores estavam "indo em outra direção", os produtores estavam "reavaliando suas escolhas".
Ela passou a última hora berrando ao telefone com sua equipe de relações públicas. Exigindo. Ameaçando. Implorando.
— Tirem esses vídeos da internet! — rugiu. — Custe o que custar, eu quero que eles sumam!
Do outro lado da linha, a voz da assessora vacilou.
— Estamos fazendo tudo o que podemos, Ester, mas o estrago...
— Não quero ouvir sobre danos, quero ouvir soluções! — cortou com veneno. — Eu não te pago para dar desculpas.
Mas no fundo, ela já sabia que era tarde demais.
Os vídeos da festa da noite anterior estavam em todos os lugare