ELIZABETH WINTER
UM ANO DEPOIS...
Dizem que o tempo é relativo. Eu aprendi isso escalando montanhas no Peru, onde cinco minutos pareciam horas, e aprendi isso de novo no último ano, onde doze meses pareceram doze segundos.
Eu estava parada na porta, segurando uma xícara de café, observando a cena diante de mim.
Alexander estava sentado no tapete, cercado por blocos de construção coloridos. Ele usava uma camiseta velha e calça de moletom, o cabelo despenteado e uma expressão de concentração muito intensa.
À frente dele, nosso filho.
Noah William Hampton. Completando um ano de idade hoje.
Ele estava de pé, segurando-se na borda do berço de madeira, balançando as pernas gordinhas com a instabilidade de um marinheiro bêbado. Ele tinha os meus cabelos escuros, que caíam nos olhos e precisavam de um corte, mas os olhos eram de Alex. Castanhos, profundos, curiosos e, naquele momento, fixos na torre de blocos que o pai construía.
Noah soltou um grito – "BABA!" – soltou