ALEXANDER HAMPTON
O almoço no Spruce estava se tornando a hora mais longa e torturante da minha vida.
O beijo no carro tinha quebrado alguma coisa em mim. Tinha curto-circuitado meu sistema operacional. Agora, eu estava dolorosamente consciente de tudo.
O jeito que o lábio inferior dela ainda estava ligeiramente inchado. A maneira como ela me observava por cima da taça de vinho, com aqueles olhos satisfeitos e sorriso convencido.
Lizzy, é claro, estava em seu habitat. Ela pediu um vinho Chablis que custava mais que meu primeiro carro, e fez parecer que estava pedindo água da casa. Ela riu, contou histórias sobre Milão e fez o garçom corar. Eu mal conseguia formar uma frase.
— Você está muito quieto, Alex. — ela murmurou, depois que o garçom saiu.
— Estou pensando. — menti.
— Não pense. — ela aconselhou, tomando um gole. — Você pensa demais. É por isso que você tem rugas aqui. — ela apontou para a própria testa.
Eu não tinha rugas na testa. Eu acho.
O pior foi depois. Eu insisti que pr