ELIZABETH WINTER
Alex pegou o primeiro caderno. Abriu aleatoriamente. As páginas estavam cobertas de uma caligrafia meticulosa, em vietnamita, com datas e nomes. Muitos nomes.
— É um diário. Ou um registro.
Peguei a pasta de documentos. Estavam em inglês e francês, além de vietnamita. Meus olhos correram pelas linhas, tentando entender a linguagem burocrática.
— "Projeto Lótus Negro"... — li em voz alta. — "Expropriação de terras"... "Relatórios de corrupção"... parecem provas.
— Provas de quê?
Folheei as páginas, sentindo o sangue gelar. Havia fotos de homens em reuniões, mapas de terrenos, cópias de transações bancárias.
— O avô desse menino... ele estava documentando um escândalo de corrupção envolvendo terras e... — Parei em uma foto anexada a um relatório. — Alex. Olha esse homem.
Apontei para a foto granulada de um homem de terno apertando a mão de um oficial militar.
— Eu reconheço ele. Foi o cara que nos perseguiu no beco. O que segurava o pau.
— Ele não é