ELIZABETH WINTER
— Temos que descobrir o que essa chave abre.
— Você tem certeza? — perguntei. Alex levantou os olhos para mim.
— Se formos para a polícia sem saber o que é isso... — Ele tocou o bolso onde guardara o envelope vermelho. — Podemos estar entregando aquele garoto para a morte.
Assenti, sentindo um calafrio percorrer minha espinha. Eu tinha pedido aventura, não tinha? Bem, o destino tinha um senso de humor peculiar e acabara de me entregar um filme de espionagem da vida real.
— Tudo bem. — Respirei fundo, canalizando a Elizabeth Winter que topava qualquer coisa. — Vamos lá.
Arrumamos nossas coisas, colocamos nossos documentos, cartões e celulares nos bolsos. Troquei as sandálias por tênis confortáveis e prendi o cabelo em um rabo de cavalo alto. Alex vestiu uma camiseta preta limpa, cobrindo o curativo, e jogou a jaqueta por cima.
Saímos do quarto. Descemos as escadas na ponta dos pés, evitando os degraus que rangiam, como dois adolescentes fugindo de casa, e