STELLA HARPER
Meu coração batia tão alto que parecia querer sair pela boca, mas minha língua não hesitou.
— Pode fazer o que quiser, senhor Winte. — minha voz saiu firme, apesar da respiração curta. — Peça o teste, contrate detetives, mande espiões me seguir… nada vai mudar a verdade.
O olhar dele escureceu. Por um segundo, achei que ele fosse me puxar ainda mais para perto, mas ele apenas manteve aquela maldita mão na minha cintura, o polegar em um ponto que me deixava consciente de cada centímetro do meu corpo.
— Não é isso que eu quero. — disse, baixo, e a vibração da voz dele parecia se espalhar pela minha pele. — Eu quero ouvir de você. Quero ver você me encarar e dizer que eles não são meus… sem desviar os olhos nem uma vez.
Engoli seco, porque aquele jogo era cruel. Eu sabia que qualquer mínima oscilação na minha expressão seria combustível para suas suspeitas.
Levantei o queixo, encarei seus olhos sem desviar e falei pausadamente:
— Eles. Não. São. Seus.
O músculo no ma