STELLA HARPER
Acordei com a luz suave da manhã se infiltrando pelas frestas da persiana, pintando listras douradas sobre os lençóis brancos e o corpo nu de Damian ao meu lado. Por um momento, a estranheza do quarto me desorientou, até que as memórias da noite anterior me inundaram como uma onda quente e deliciosa: o gazebo, as luzes da cidade, o anel em meu dedo e a paixão avassaladora que se seguiu.
Virei-me de lado para observá-lo dormir. Seu rosto, em repouso, parecia mais jovem, desprovido da tensão que o acompanhou por tanto tempo. Seu peito subia e descia em um ritmo lento e constante, e aninhada contra ele, eu podia sentir seu coração batendo em uníssono com o meu. Meu olhar desceu por seu peitoral e um sorriso culpado surgiu em meus lábios. Lá, logo acima do coração, estava a minha marca: um chupão escuro e possessivo. Meu noivo mal tinha se livrado da marca roxa que ficara por conta do tiro e seu peito já estava marcado de novo.
Com cuidado para não acordá-lo, tracei a borda