DAMIAN WINTER
— O quê? — Stella parecia em choque, eu deveria ter explicado o plano antes de falar assim.
Peguei as jóias no bolso. Eram pequenas, discretas, algo fácil de passar despercebida e perfeitas para o tipo de armadilha que eu estava planejando.
— Veja. Trouxe isso do caminho. Já tinha encomendado para vocês quatro, mas adiantei a do Danian.
Ela franziu o cenho, mas não perguntou nada ainda. Era um pingente em ouro, com um pequeno brilhante no centro. Mostrei a ela de perto.
— Isso não é o que importa — falei. — O que importa é o que tem dentro.
Abri o miolo do pingente com a unha e, com cuidado, puxei um pequeno dispositivo. Era do tamanho de uma semente. Coloquei-o sobre a palma da mão dela.
— É um rastreador — expliquei. — E esse aqui... — peguei o outro pingente — tem um gravador minúsculo e também um transmissor. Ambos estão disfarçados como joias.
Ela me olhou da mesma forma que uma criança me olharia se eu lhe entregasse um brinquedo estranho: curiosa,