Adan
Depois que elas se acomodaram na arquibancada, segui para o meio, onde haviam preparado um microfone para que eu pudesse falar sem gritar e ser bem ouvido.
— Bom dia, crianças.
— Bom dia! — responderam em uníssono, junto dos funcionários dali.
À minha frente havia jovenzinhos de todas as idades. Foi inevitável pensar rapidamente por um segundo que, talvez, o meu filho pudesse estar entre elas. Senti um breve aperto no coração.
— Bom... Estou aqui porque na semana passada recebi uma carta na Casa Branca. O remetente era uma criança chamada Selene Cruz, estudante desta instituição. Uma menina de oito anos que sonha ser a primeira presidente mulher dos EUA. Foi ela quem me convidou. — Apanhei a carta do bolso interno do paletó. — Onde está você, Selene?
Uma menina magrinha, de pele morena e cabelos extremamente pretos e lisos, levantou-se erguendo a sua mão.
— Venha até aqui.
Com a ajuda de uma das professoras, ela desceu e veio até mim. Abaixei-me à sua frente e apertei a sua mão a