Capítulo 17

Deise estava animada para ir pegar os produtos que tinha vendido no seu primeiro mês como revendedora. Foram comprados treze produtos por cinco pessoas conhecidas da menina.

Ela desceu a escada saltando dois degraus por vez e quando chegou ao final de um lance de escadas e fez o retorno para o próximo corredor, eis que trombou com alguém, ficando literalmente presa em seus braços.

— Calma aí, lindinha! Eu não sou de ferro, assim você destrói meu coração.

Deise encarou o homem que a mantinha em seus braços e logo o reconheceu. Era Antônio Carlos, conhecido como Tonho. O homem era irmão de Célia, vizinha do andar de Deise. Já fazia uns três anos que Tonho não aparecia por aquelas bandas. Observando cada detalhe da expressão de Deise, o homem ficou encantado com a menina que havia mudado tanto desde a última vez que a vira.

— Desculpa, Tonho! Eu estou com pressa.

Deise se soltou do homem que estava todo perfumado e seguiu seu caminho para Santo Amaro. Enquanto Deise se afastou, Tonho a
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