Cap.116
— Claro que faria! — ela insistiu, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. — Você fez tanto por mim… e agora eu sei que foi você naquele beco… é meu dever. Minha escolha.
Adon a puxou para outro abraço, escondendo o rosto no pescoço dela para que não visse a umidade que teimava em se formar em seus olhos. Dever. Escolha. Palavras tão pesadas, ditas com uma leveza que só podia vir de um coração puro.
Ele — que comandava um império, que tomava decisões que valiam milhões, que era temido e respeitado — estava sendo completamente dominado por uma estagiária determinada a sustentá-lo com seu salário de iniciante.
— Tá bom — ele murmurou, a voz abafada contra a pele dela. — Tá bom, freirinha. Eu fico. Você cuida de mim.
Ela se aquietou em seus braços, um suspiro de satisfação escapando-lhe.
— Promete? Não volta para a empresa?
— Prometo — ele disse. E, pela primeira vez, a palavra não era uma estratégia nem uma manipulação. Era uma rendição genuína — e a sensação era surpreendent