Cap.105

Cap.105

O tempo não parou. Ele morreu. Morreu no exato instante em que eu me encaixei nela até o fim, preenchendo cada milímetro, cada dobra escura e virgem do seu corpo. Selene era intacta, e a dor que contraiu seus músculos ao meu redor não era meu tributo. Fiquei imóvel, cravado nela, para sentir.

A vagina dela não era apenas apertada; se fosse possível, até sufocaria meu pau. Era como um punho de seda quente e úmida que me estrangulava com uma força quase dolorosa, como se o próprio corpo dela tentasse, em vão, expulsar o invasor que agora era seu dono.

Meus olhos devoravam seu rosto. Olhos cerrados, sobrancelhas franzidas, lábios trêmulos comprimidos.

Agonia pura. E, no entanto, sob a agonia, uma submissão que me eletrizou.

Ela tremia como uma folha sob meu peso, e cada tremor eu saboreava, sabendo que era eu quem causava — e não outro homem.

Seus dedos apertaram com força um dos lados do meu quadril. Eu sabia que ela esperava meu movimento, que a dor se transmutasse em algo mais
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