Suas mãos vão automaticamente ao rosto, pressionando as têmporas, como quem tenta organizar pensamentos que simplesmente não fazem sentido.
— Sophie... Eu não queria... Eu não sei como... Me perdoa, tá? Eu só... — Ele murmura, a voz entrecortada, oscilando entre culpa e confusão. — Como... Como você... Eu... Nós... O que aconteceu? Nós... Nós fizemos...
— Pode parar. — Interrompo, meu tom afiado cortando sua divagação. — Nós não fizemos nada. E, honestamente, para alguém que acabou de acordar, você raciocina rápido demais. — Acrescento com ironia, enquanto me sento ao lado dele no colchão, tentando me recompor.
Ele me encara, a expressão ainda confusa, antes de desviar o olhar para o chão.
— O que você tá fazendo aqui? — Ele pergunta, a voz baixa, quase um sussurro.
Solto um suspiro, passando as mãos pelos cabelos desgrenhados, prendendo-os em um coque frouxo.
— Resumo da noite passada? Você fez merda. Misturou comprimidos e álcool, foi parar na lanchonete onde trabalho e depois