Ricardo
Era oficial: eu estava viciado naquela mulher. Depois de dois fins de semana seguidos ao lado dela, eu queria mais, muito mais.
Os móveis do quarto que eu havia encomendado chegaram. Contratei alguém para pintar as paredes e, além da pista de corrida, encontrei um tapete emborrachado que imitava uma pista e não resisti—comprei também. Tudo estava tomando forma, e eu mal podia esperar para surpreendê-los.
Meu quarto agora tinha os produtos de higiene que ela usava em casa, toalhas, roupão... Não sabia se ela ia gostar, mas acabei comprando uma camisola para ela também. Nos dias que passei em sua casa, reparei no leite que Caio tomava, nos iogurtes, nas frutas que eles gostavam, e comprei tudo.
É, Ricardo, não tem como negar... Você está realmente apaixonado —pensei, sorrindo.
Não dei carona para ela naquela manhã, pois tive uma reunião muito cedo. Já eram onze da manhã, e ainda não tínhamos nos falado. Até que ouvi três batidas na porta.
—Entre.
Levantei a cabeça e lá estava el