Mundo ficciónIniciar sesión“O espelho mostra o rosto; o desejo, o abismo.” autor anônimo
Silvia encarava o celular com um sorriso que beirava o perverso.
A manchete brilhava na tela como um troféu. Por mais que Cássio tivesse ordenado ao jurídico que removesse as matérias, o conteúdo já se espalhara feito pólvora.Ampliou a foto, analisando cada detalhe — o ângulo favorecido, o brilho de sua pele, o toque teatral do olhar. Ali estava ela: esguia, elegante, imponente.
A mulher que o mundo agora via era tudo o que sempre quis ser — e o fato de Cássio tentar reduzir aquilo a um erro, a uma “interpretação equivocada”, fazia seu sangue ferver.
Mordeu o lábio inferior, a voz saindo num sussurro venenoso:
— Como pode ele... preferir ela?O nome de Helena pesava como fel em sua língua.
“Uma mulher sem graça, sem cor. Frágil. Tão... comum.”A risada que escapou de seus lábios soou mais como o estalo de um vidro rachando.
— Não, Cássio






