O recém-chegado ainda tinha a aura latejando por causa da queda quando olhou para a figura ao lado — a mulher-demonessência que o guiava pelos corredores pulsantes do Inferno.
— Como é teu nome? — perguntou ele, tentando organizar a própria energia.
A criatura sorriu com diversas memórias vibrando ao mesmo tempo:
— Já tive muitos. O atual é Haidê Marina. Já fui Ileana, Silvânia… depende da encarnação. Cada vida me molda de um jeito.
Ele piscou, reconhecendo.
— Ahhhh… eu lembro da tua encarnação como Silvânia. O final foi… “bem quente”.
Ele disse isso não com malícia carnal, mas com aquela fome energética e luxúria espiritual típica das essências recém-chegadas ao Inferno — uma atração que se manifesta como choques de aura, lampejos de calor, toques de energia, cada gesto um pequeno incêndio.
Haidê inclinou o rosto com um sorriso afiado.
— Você gostou?
A energia dela ondulou, não em erotismo físico, mas em sedução demoníaca, aquela que faz espíritos tremerem com vontade de devorar e ser