Ela…
Tem dias em que o mundo parece menos pesado.
A brisa leve, o sol tímido entre as nuvens, o som das folhas dançando com o vento… tudo parecia ter conspirado para que hoje fosse um daqueles dias em que o coração, mesmo remendado, encontrasse um pouco de paz.
Klaus apareceu no meu apartamento com um boné preto — o que, convenhamos, já deveria ter sido um sinal de que algo suspeitamente leve estava prestes a acontecer.
— Troca essa cara de quem brigou com o mundo — ele disse, encostado na porta com dois cafés nas mãos — e vamos ver se você ainda sabe como se anda em linha reta sem vigilância médica.
— O que você está planejando?
— Nada que envolva sessões de terapia, pastas confidenciais ou crises existenciais.
— Isso elimina 90% do nosso repertório, Klaus.
— Exato. É por isso que você precisa vir.
E eu fui.
Porque... por algum motivo, quando ele diz que vai ser leve, eu acredito.
O parque estava tranquilo.
Algum