RAFAELLA MARTINI NARRANDO.
ITÁLIA.
Observei Celina se afastar. Assim que ela sumiu de vista, me virei para Leonardo.
— Me deixe sozinha com meu pai. Preciso falar com ele. — A minha voz estava firme, mas sabia que Leonardo sentia a angústia escondida nela.
Leonardo hesitou, os seus olhos encontrando os meus, buscando uma explicação que eu não estava disposta a dar naquele momento. Finalmente, ele assentiu.
— Vou esperar no carro. — Ele disse suavemente, tocando o meu ombro brevemente antes de se afastar.
Respirei fundo, sentindo a pressão aumentar em meu peito. Me virei para encarar Adam, que estava parado ali, a expressão séria e distante. Um turbilhão de emoções conflitantes me consumia.
— Como você foi capaz de levar a culpa por todos esses anos de uma morte que não cometeu? — As minhas palavras saíram carregadas de raiva e incredulidade.
Adam suspirou profundamente, o seu olhar cansado encontrando o meu.
— Rafaella, havia muitas coisas envolvidas. Coisas que você não pode entender