LEONARDO RIZZI NARRANDO.
LONDRES, CAPITAL DA INGLATERRA.
Desde o momento que coloquei os meus pés dentro do território do meu maior inimigo, os meus olhos foram naquela mulher. Ela estava sozinha, talvez tivesse o mesmo propósito que o meu, vingança. Confesso que foi muito difícil me controlar aqui dentro, porque a cada momento em que Adam cruzava com o meu caminho, eu sentia vontade de matá-lo, a minha vontade era de puxar a minha arma e dar um tiro no meio da testa dele, mas, fazer isso era como assinar o meu próprio atestado de óbito. Quando aquela mulher disse que me conhecia de algum lugar, rapidamente eu saí dali, não poderia correr o risco de alguém descobrir a verdade. Entrei dentro do carro e o meu motorista acelerou o carro, de longe eu pude ver a Amélia andando na rua com rapidez.
— Segue aquela mulher. — Eu ordenei para o motorista.
Quando nós nos aproximamos da Amélia, um homem estava segurando em seu braço e quando eu abri a porta do carro pude ouvir ela pedir para que ele a soltasse. Ele com certeza iria abusar dela.
Não pensei duas vezes em atirar nele, coloquei ela dentro do meu carro e então olhando para o meu rosto, ela realmente me reconheceu, disse o meu nome e ali eu já não podia arriscar.
— Para o meu hotel por favor. — Eu ordenei para o motorista e o carro seguiu.
— O que você quer comigo?
— Eu não irei te fazer mal, apenas preciso saber como você sabe quem sou eu.
— Me deixe ir embora, preciso voltar para a minha casa.
— Você não vai embora enquanto não me falar como você me conhece.
Quando o carro parou na frente do hotel, o manobrista abriu a porta do meu carro, eu peguei a Amélia pelo braço e desci.
— Me solta, para onde você vai me levar?
Eu não abri a boca para responder nada, eu apertei o botão do elevador e segurando pelo braço dela coloquei ela dentro. O elevador abriu a porta, eu saí puxando-a. Abri a porta do quarto e entramos. Eu soltei o braço dela e ela ajeitou o seu vestido.
— Como você me conhece?
— Todo mundo conhece você Leonardo, o homem que perdeu os pais pela mão do.. — Ela começou a dizer e parou.
— Do?
— Do sub chefe Adam Martini.
— E você quem é?
— Eu já te disse o meu nome, Amélia.
— Amélia do que? Faz o que? O que fazia sozinha naquela festa?
— Você gosta de fazer muitas perguntas, não é assim que as coisas funcionam.
— Quantos anos você tem? 18?
— Não interessa.
Eu caminhei até ela, segurei em seu rosto e sorri.
— Gostei de você, é atrevida, mas, só irá sair daqui quando me responder.
— Então nós teremos uma longa noite. — Ela disse e começou a tirar as sandálias.
Ela tirou a sua máscara, colocou sobre a mesa e se deitou na cama. Era óbvio que ela estava inquieta e impaciente.
— Tem certeza de que você não quer me contar quem é você?
— Sou filha de uma empregada, eu roubei um convite na casa do chefe da minha mãe, eu estava lá escondida e por isso ninguém poderia me ver.
— Hum.. filha da empregada, entendi. — Debochei.
— Estou falando sério.
— Para uma filha de empregada você sabe de muitas coisas.
— boatos rolam por aí meu filho, posso ir agora? A minha mãe deve estar preocupada comigo.
— Eu te levo em casa.
— NÃO. — Ela gritou.
— Não precisa me levar em casa, eu posso ir embora sozinha.
— Você viu o que aconteceu com você quase agora, se não fosse por mim, sabe Deus o que aquele homem poderia fazer com você.
Ela cruzou os braços e ficou encostada na cama, até que percebi que os olhos dela fecharam, ela dormiu em minha cama. Eu abri a porta da varanda do quarto do hotel, acendi um charuto e fiquei ali até o amanhecer.
Perdi a noção do tempo, acabei cochilando sentado e me assustei quando ela abriu a porta da varanda.
— Bom dia. — Ela disse e passou as mãos nos braços sentindo o vento gelado.
— Bom dia, dormiu bem?
— Sim, mas, eu preciso ir embora, realmente a minha mãe deve estar muito preocupada comigo.
— Tudo bem Amélia, pode ir embora, tem dinheiro para o taxi? — Perguntei e ela negou com a cabeça.
Eu coloquei a mão no bolso, tirei algumas libras e entreguei para ela.
— Foi um prazer te conhecer. — Eu disse.
— Ainda vai ficar muito tempo na cidade?
— Não, eu vou embora hoje as 15:00.
— Então até nunca mais.
— Até. — Eu respondi e ela saiu.
Eu me levantei da cadeira, entrei, tomei um banho e depois cai na cama. Daqui a pouco eu teria a reunião e iria ficar cara a cara com Adam.
Quando eu abri os olhos, peguei o meu celular e vi que faltava apenas 30 minutos para a reunião, me levantei correndo da cama, joguei uma água no corpo e coloquei o meu terno. Eu não teria tempo de comer nada, não podia faltar a esta reunião. Então entrei no elevador e quando a porta abriu eu corri até o carro.
— Para a reunião, estou atrasado. — O motorista afirmou com a cabeça e acelerou o carro.