Ravenna
Abro os olhos lentamente, ainda meio sonolenta, e me vejo envolta pela penumbra do quarto. O toque insistente do celular quebra o silêncio, trazendo-me de volta à realidade. Meu coração dispara quando vejo o nome de Celine piscando na tela. Antes mesmo de atender, um pressentimento ruim se instala em meu peito, como se algo terrível estivesse prestes a acontecer.
Dou uma olhada pelo quarto, percebendo que Benjamin não está em lugar algum.
Atendo a ligação com mãos trêmulas, e antes que eu possa dizer qualquer coisa, sou recebida pelo choro desesperado de Celine do outro lado da linha. Seu lamento ecoa em meus ouvidos, agarrando-se à minha mente como garras afiadas.
"Ravenna, rápido, você precisa se trocar. Estamos indo para a sua casa agora", sua voz soa trêmula e embargada pelas lágrimas.
Confusão e terror se misturam em meu p