LAURA
— Oi — disse ao me aproximar do Enzo. Ele conversava com Serra, que rapidamente se afastou.
— Oi, meu amor. Você está bem? — perguntou com a voz mansa, acariciando o meu rosto.
— Estou com fome, na verdade.
— Eu mandei que fosse preparado o nosso jantar, já deve estar quase vindo. Vem, vamos nos sentar ali — disse indicando uma mesinha ao canto com duas poltronas uma ao lado da outra.
— Obrigada por ir me buscar. Não sei o quanto sou grata.
— Eu lhe buscaria até no inferno, amor.
— Como o Lorenzo está?
— Bem e esperando ansiosamente pela sua chegada. Ele está sentindo muito a sua falta.
— Eu lamento pelo que houve com ele.
— Está tudo bem agora. Isso já passou e não irá se repetir.
— É verdade. Acabou.
— O que ele fez a você? — perguntou tocando delicadamente o meu pescoço com as pontas dos dedos.
— Ele me enforcou após me jogar contra uma mesa de vidro.
— Eu lamento tanto que isso tenha acontecido — disse com a voz pesada e um olhar triste. — Eu me culpo.
— Não se culpe. Não fo