LAURA
Descemos e segundos depois o táxi chegou levando-nos para nosso destino. Foram quinze minutos de intrigas entre Caio e Angelita. Eles pareciam crianças se implicando e não davam trégua, mesmo que eu estivesse sentada entre os dois.
— Chegamos — avisou Caio quando o táxi estacionou próximo ao meio-fio, de frente a casa noturna.
— É aqui? — perguntei um pouco tensa.
— Espera. Não foi aqui que viemos a última vez que saímos juntas?
— Já vieram aqui? — perguntou Caio descendo do táxi.
— Sim — respondeu Angelita saindo pela outra porta. — Tenho um amigo que trabalha aqui na portaria.
— Talvez eu o conheça.
— Está tudo bem, Laura? — perguntou Angelita parando ao meu lado na calçada.
— Está.
Eu estava nervosa, era a boate do Enzo. Na última vez em que estive ali, discutimos sem ao menos nos conhecermos e ele me expulsou. As lembranças não eram as melhores, mas não me importava mais com elas. A questão era... Teria chances de encontrá-lo ali.
— Vamos? — chamou Caio, tomando frente no ca