Maitê Bell
Ir embora, ter meu bebê sozinha, sem Gregório e deixar ele para trás? Tudo isso foi doloroso. Bem mais do que eu poderia explicar facilmente, mas o terceiro ano da faculdade de Direito estava quase ao fim, e estava sendo exaustivo, mas também incrivelmente recompensador. Cada aula, cada caso simulado, cada estágio parecia me aproximar mais do objetivo que persegui nos últimos anos: me tornar uma advogada de sucesso. As noites mal dormidas, as pilhas de livros e as infinitas leituras jurídicas faziam parte da rotina, e, apesar do cansaço, havia uma satisfação em saber que tudo isso estava me levando para um futuro melhor.
Conseguir aquele estágio em uma empresa renomada foi como um selo de aprovação. Trabalhar como assistente de um dos advogados mais famosos do estado era uma oportunidade que não podia desperdiçar. Eu sabia que, se mostrasse meu valor, poderia ser efetivada no futuro e minha filha teria apenas o melhor pela frente. O pensamento me animava, me mantinha motiva