Nesta vida não...
Pietro acelerou o passo e quando finalmente esteve no mesmo degrau que Valeria, por um segundo duvidou, depois não pôde mais, ao olhá-la nos olhos, ao ver esses olhos avelã, ao ver esse olhar que lhe roubava suspiros quando jovem, a atraiu para si, a apertou entre seus braços fortes. Nesse instante as lágrimas que inundavam os olhos de Valeria começaram a rolar por suas bochechas, Pietro por sua vez, ao abraçá-la, lembrou dessa calidez que sentia no passado, cheirou seu cabelo, seus dedos delgados, mas longos brincavam com ele, seu cabelo já não era castanho, agora era loiro, o que acentuava esses belos olhos.
Valeria se sentia como em um sonho, ainda não podia acreditar no que estava vivendo, acreditava que era como esses sonhos estranhos que às vezes tinha, seu nariz estava impregnado do aroma de cítricos e brisa fresca, o qual, por anos, tentou lembrar, mas devia reconhecer que aos poucos ia se apagando de sua mente. Hoje o tinha ali, ele estava presente, por um momento se esqueceu