MELINA

O dia amanheceu cinzento, mas tranquilo e sereno.

Após nossa primeira vez intensa, juntamente com a descoberta inesperada de que eu tinha uma loba interior, o mundo lá fora parecia ter desacelerado, como se a própria floresta estivesse respeitando esse momento único e inesquecível.

Eu estava limpa e ainda deitada debaixo das cobertas quentes, sentindo meu corpo todo dolorido, principalmente no meio das minhas pernas, enquanto a lareira crepitava com lenha nova e a cabana exalava o cheiro de fumaça e sexo intenso.

Amarok tinha acordado primeiro, me ajudado a tomar banho e me deixou envergonhada quando trocou o lençol da cama que estava sujo com meu sangue por um limpo. Ele também tinha limpado a bagunça da casa e se livrado do cadáver do lobo morto na sala, juntamente com os que estavam na floresta, e saído para caçar.

Me levantei com dificuldade, sentindo uma fisgada de dor no meu ventre, e andei até a porta devagar, enrolada na lã grossa para me proteger do frio.

Agora estava