MELINA
A primeira coisa que senti ao acordar ainda de madrugada foi o calor, mas não era um calor comum de uma noite abafada ou o aconchego de cobertas espessas de pele de ovelha.
Era um calor pulsante que parecia vir de dentro de mim, como se meu próprio sangue estivesse fervendo.
Me revirei entre os lençóis de pele de animal, me sentindo ofegante, enquanto uma urgência estranha percorria meu corpo. Minhas pernas tremiam, meus músculos latejavam e meu ventre… meu útero queimava.
Eu já tinha ficado no cio várias outras vezes, mas dessa vez estava totalmente diferente, pois eu nunca havia sentido um desejo de acasalar tão intenso como esse.
Doloroso e agonizante.
Sentia como se cada célula do meu corpo clamasse por algo que eu ainda não queria admitir, um homem metade lobo que lutei para rejeitar desde que cheguei aqui.
O Alfa Amarok.
— Não… — murmurei para mim mesma, apertando os olhos com força e tentando conter um gemido que ameaçava escapar da minha garganta. — É só mais um cio