Emily narrando…
 Estou com o rosto ruborizado de tantas perguntas que a Manu está fazendo.
 — Manu, eu não me entreguei a ele, se é o que está tentando descobrir.
 Ela sorri e me fala:
 — Não foi por falta de oportunidade, suponho, porque o clima aqui estava muito quente.
 Eu solto um suspiro longo, tentando não deixar transparecer mais do que ela já percebeu. Manu sempre foi boa em ler nas entrelinhas.
 — Você está imaginando coisas — respondo, tentando manter a compostura.
 Ela me encara com aquela expressão típica, misto de curiosidade e provocação.
 — Emily, você é a pior mentirosa que eu conheço.
 Reviro os olhos e tento mudar de assunto, mas Manu não desiste tão fácil. Ela se senta na cama, cruzando as pernas, completamente à vontade, enquanto eu ainda estou de pé, com os braços cruzados, parecendo uma adolescente encurralada.
 — Tudo bem, tudo bem — admito finalmente, sentando ao seu lado. — Nós ficamos mais… próximos, sim. Mas isso não significa nada.
 Manu arqueia uma sobran