JASMIM
— Bom dia, mãe. — Falei com uma dor de cabeça insuportável ao chegar à cozinha.
— Bom dia. Sua cara está maravilhosa. — Ela disse escondendo um sorriso.
— Está. — Eu ri.
— Chegou que horas? — Ela perguntou enquanto coava o café.
— Cinco. — Revirei os olhos me sentando-se à mesa e fungando.
— Durma um pouco mais, eu seguro as pontas no restaurante. — Ela falou agora passando manteiga em algumas torradas.
— Não vai ser possível porque eu dei folga aos nossos funcionários e terei que trabalhar por três. — Falei ao lembrar-me da mensagem que enviei para mim mesma antes de dormir e vi a poucos estantes. Uma forma de lembrar-se das minhas ações mais importantes quando estou bêbada.
— Como? — Minha mãe parou e me encarar.
— Cinco da manhã, mãe. Todos nós saímos às cinco. Sei que foi irresponsabilidade e que como funcionários, deveríamos termos saído mais cedo. Culpa minha. Não vai acontecer novamente. Mas provavelmente eles chegaram as seis em casa, não dormiriam em duas horas. Não qu