Valentino a soltou com um movimento brusco e respondeu com a voz fria e controlada:
— Você não é isso pra mim, Kassandra. Nunca foi.
Ela continuou arrumando a cama, tentando ignorar o tom dele, mas o rancor lhe escapou nos gestos. Valentino foi até o frigobar e serviu mais bebida. De costas para ele, Kassandra provocou:
— Não precisa fingir que se importa. Só não me beija. Pode fazer o que quiser comigo, não vou sentir nada mesmo... além de nojjo e repulsa.
Ele ficou parado, observando-a em silêncio, com os olhos fixos e tensos. Ela se sentou na beirada da cama, sustentando o olhar dele com raiva. Valentino vestiu a camisa devagar e disse, com um tom carregado de ciúme:
— Com ele... você sentiu, não é? Foi fazer uma despedida.
Kassandra não respondeu. Levantou-se e foi mexer no ar-condicionado, como se nada tivesse ouvido. Ele se aproximou lentamente, num movimento ameaçador, e perguntou, quase se alterando:
— Você dormiu com ele? Não minta pra mim.
Ela deu de ombros, soltando um sorr