Após a saída de Lourenço, a atmosfera no camarote rapidamente se tornou tensa. Natália não ousava olhar para a expressão de Douglas; a palavra "não" é quase um insulto para um homem, ainda mais sendo dita na frente de um estranho.
Ela sabia que Douglas, com seu temperamento, poderia descontar essa irritação nela.
Além disso, a cabeça de Natália estava uma bagunça: "O que significa dizer que minha reação pós-sexo é mais intensa do que a de outras mulheres, e isso causou nele um bloqueio psicológico? Não é culpa dele? E por que Douglas teria um bloqueio psicológico comigo? Ele claramente... Ah, sim, Lourenço mencionou, não é uma doença física, é um problema psicológico, e parece que é só comigo."
Ninguém falava.
A tensão aumentava.
Justamente quando Natália pensava em dizer algo para amenizar o clima, ou talvez ir embora primeiro, a voz fria de Douglas quebrou o silêncio sufocante.
- Vamos, eu te levo para casa.
- Tá bom.
Ela até esqueceu que tinha vindo de carro, só se lembrou quando pa