Mal Miguel terminou de falar, um rosnado feroz e baixo ecoou, acompanhado pelo som do vento uivante. Antes que ele pudesse reagir, um punho pesado atingiu com força sua mandíbula.
Miguel caiu desajeitadamente à beirada da cama. Ao virar a cabeça, se deparou com Eduardo entrando, os olhos avermelhados e repletos de fúria.
Miguel limpou o traço de sangue do canto dos lábios e não pôde evitar comentar:
- Você perdeu o controle, não foi?
Vovó Diana também se sentou apreensiva:
- Duba, por que você bateu no Miguel?
- Essa é a pergunta que você deveria fazer a ele! - Eduardo encarou Miguel com firmeza, dor evidente em sua voz. - Maria está gravemente doente e você nunca me disse nada? Ela não tem muito tempo, por que manteve isso em segredo? Você sabia, mas preferiu não contar. Qual é sua verdadeira intenção?
Fernando teve que segurá-lo com força pelo braço para evitar um segundo golpe em Miguel.
- Minha intenção? - Miguel riu amargamente. - Eu sugeri isso várias vezes, mencionei que ela est