Ana e eu decidimos não nos aventurar nas mesas de jogo ou nas máquinas reluzentes. Em vez disso, seguimos para o bar do cassino.
— Só uma água para mim, por motivos óbvios. — Ela disse, apontando para a barriga, ainda discreta, mas suficiente para justificar sua escolha.
— Eu, por outro lado, preciso de algo forte. — Respondi, enquanto nos acomodávamos nas banquetas em frente ao balcão.
Ana deu uma risadinha enquanto se acomodava ao meu lado.
— Parece que a noite está exigindo demais de você.
— Só um pouco — respondi, forçando um sorriso enquanto olhava para o bartender. — Um bourbon, por favor.
Enquanto o bartender preparava minha bebida, observei o movimento ao redor. As risadas, os brindes, as pessoas se movimentando entre as mesas com fichas reluzentes nas mãos. Um universo onde o risco e a recompensa eram a base de tudo.
— Você está bem mesmo? — Ana perguntou, com aquele tom que só uma amiga de verdade usa.
Virei-me para ela, hesitando por um segundo.
— Estou… acho que só cansada