Killer saiu do quarto em silêncio, fechando a porta devagar, sem olhar pra trás, só deixou um beijo leve na testa de Melia e um sussurro:
— Pensa com calma, vou estar aqui se precisar.
Ela não respondeu, só ficou ali, parada, sentindo o peito pesado. O som dos passos de Killer ecoou pelo corredor, até sumir. O silêncio era incômodo, mais pesado do que qualquer coisa que ela já sentiu.
Melia se jogou na cama, encarando o teto, as mãos agarradas no lençol, as perguntas não davam trégua, tudo aquilo era impossível, era surreal demais. Filha de um alfa? Herdeira? Por que a mãe teria escondido isso? O que mais estava enterrado na vida que Selene nunca contou?
O tempo passou lento, ela quase dormiu de novo, mas a porta se abriu devagar. Juno entrou, sorrateira, segurando duas xícaras de chá, o cabelo loiro ainda preso em trança, olhos atentos.
— Trouxe chá — falou, tentando soar leve. — E antes que você reclame, não, não coloquei açúcar. Sei que odeia.
Melia fez uma careta, mas aceitou