A troca foi no corredor estreito da lavanderia, onde o vapor quente subia das caldeiras e escondia passos. Juno encostou no arco de pedra, os braços cruzados, o corpo calmo demais para um coração que batia feito tambor. O soldado veio pelo corredor com o capuz baixo, olhando pros lados, nervoso, como se as paredes tivessem olhos e ouvidos ali, e realmente poderiam ter.
— Você veio — ela disse, a voz baixa, com um sorriso falsamente ingênuo.
— Eu... eu disse que vinha. — Ele tirou um pacote pequeno, embrulhado em pano, e estendeu pra ela. — Aqui. O mapa. É antigo, mas mostra as rotas e tem até uma planta do castelo... — parou, engolindo o fim da frase.
Juno pegou o embrulho com firmeza, guardou dentro do decote e o olhou com um sorriso um pouco mais aberto, a roupa fina e quase inexistente de tão reveladora tremulando ao redor de seu corpo.
— Obrigada.
Ele hesitou. O olhar dele não parava quieto, subia, descia, voltava pro rosto dela.
— Você disse que... quando eu te desse algo…
Era