O quarto ainda estava mergulhado no silêncio confortável do amanhecer, a luz suave que entrava pelas frestas da cortina iluminava apenas o suficiente para destacar o rosto sereno de Melia, deitada nos braços de Killer. O alfa acordou cedo, como sempre, mas não levantou, ficou ali, com o olhar fixo nela, acompanhando cada respiração tranquila, cada mexida leve dos cabelos escuros que caíam pelo travesseiro.
Um sorriso quase imperceptível brincava nos lábios dele. Finalmente as coisas estavam mudando, a loba que tantas vezes o afastou agora estava entregue o suficiente para dormir em seus braços, confiando nele de um jeito que parecia impossível dias atrás.
“Minha companheira”, pensou, com aquele calor reconfortante queimando dentro do peito.
Pela primeira vez em muito tempo, se sentia verdadeiramente completo.
O momento doce, infelizmente, não durou.
Batidas altas e rápidas ecoaram na porta do quarto, quebrando a calma como uma pedra lançada contra a superfície de um lago.
Melia acord