Enquanto isso, em Obsidian, Van Smaill estava com o humor pior do que nunca. A doença não tinha sumido, na verdade a ferina apodrecida continuava se espalhando por seu peito. Agora ele precisava lidar com tudo aquilo enquanto sentia o peito doer, a ferida aberta pulsando como brasa.
Estava no salão principal quando uma mulher entrou sem ser anunciada. Diferente das outras, ela caminhava com a segurança de quem não devia nada a ninguém. Tinha pele escura, olhos de gelo, os cabelos presos em tranças apertadas. Uma jaqueta grossa cobria metade do corpo, botas de couro batendo pesado no piso de pedra. No pulso, um celular reluzente, tecnologia humana que Van detestava.
— Quem é você? — rosnou, sem se mexer do trono. — Não tô aceitando puta aqui hoje. Vai embora.
A mulher nem pestanejou, cruzou o salão, parou a três passos dele, se ajoelhou devagar, mantendo o queixo erguido. No celular, puxou uma foto, mostrando a tela virada pra Van.
— Vim a mando de uma interessada — a voz dela era cort