Senti meu coração pulsando cada vez mais forte. O medo de morrer tomou conta de mim... Justo agora que tudo estava se encaminhando na minha vida.
- Eu não vou machucá-la, minha filha. – ele disse em voz baixa.
Ele continuou me encarando e não me deixando falar até que pouco a pouco me acalmei. Tentei pensar que ele ainda não sabia a verdade e se ainda imaginasse que eu era sua filha, talvez não atentasse contra minha vida. Ao mesmo tempo vi o quanto eu era idiota: ele me queria morta quando sabia que eu era sua filha, sem nenhum tipo de sentimento de culpa.
Levantei a mão tentando explicar que aquilo era um sinal de paz. Ele retirou a mão da minha boca e me abraçou, comigo ainda deitada. Senti o cheiro do perfume conhecido dele e a repulsa na mesma hora.
- O... Que você está fazendo aqui?
- Eu... Precisava vê-la... Saber como você estava...