— Eu não estou sozinho, estou muito bem acompanhado ,Patrícia.
Ela estreitou os olhos, ciumenta, venenosa.
— Está falando da secretarinha vulgar? A que você anda comendo? Isso é só sexo, Heitor. E você sabe disso.
Heitor riu com escárnio, afastando-se.
— Sim. É só isso mesmo. Sexo. Uma distração. — disse Heitor com a voz firme, mas carregada de algo mais sombrio.
Ele deu um passo para o lado, desviando o olhar, como se revivesse uma dor antiga.
— Porque você me ensinou... que não vale a pena amar.
— Que quando você ama, se entrega... e pode ser destruído pela pessoa que mais confia. — completou ele, com um sorriso amargo nos lábios.
Fez uma pausa, os olhos fixos em um ponto qualquer da sala, como se as lembranças queimassem por dentro.
— Mas mesmo que seja só sexo...
— Mesmo que seja um caso com prazo de validade, algo que eu vá deixar para trás em breve...
Voltou a encará-la, o olhar duro, gelado.
— O que eu quero que entenda... é que de qualquer forma...
— Eu não estou