Heitor paralisou por um segundo. O músculo de sua garganta se moveu quando ele engoliu em seco. O brilho em seus olhos escureceu, tornando-se mais denso, faminto.
— Laura… — murmurou, com a voz rouca.
— Você vai me enlouquecer.
Ela apenas sorriu, saboreando a sobremesa com sensualidade descarada, como se não tivesse acabado de incendiar a mente dele com uma simples frase.
Quando a última colherada de mousse de chocolate foi levada aos lábios, Heitor se levantou.
— Vem comigo. — disse, oferecendo a mão.
Ela a aceitou, se levantando com leveza. Ele a conduziu para uma área mais reservada do restaurante, onde sofás acolchoados substituíam as cadeiras. Uma iluminação mais baixa, casais discretos trocando carícias e tomando café.
Heitor a guiou até um desses sofás, afastado o suficiente das outras mesas para que tivessem uma falsa sensação de privacidade.
Sentaram-se lado a lado. Ele pediu dois cafés ao garçom, mas os olhos não desgrudavam dela nem por um segundo. Quando o