Do outro lado da linha, ela ficou em silêncio, surpresa com o tom seco e duro. Mas ele nem se importou.
— Só pra deixar claro, o que aconteceu entre nós não muda absolutamente nada. Se você não estiver aqui nos próximos trinta minutos, pode considerar o seu contrato rescindido.
E antes mesmo que ela pudesse reagir, defender-se ou dizer qualquer coisa, ele desligou.
Jogou o celular sobre a mesa com força, os olhos faiscando.
"Ela não vai me tratar como se eu fosse descartável."
Dentro dele, era impossível separar o homem ferido do chefe implacável. Ele queria que ela voltasse. Queria olhar nos olhos dela e entender por que havia se afastado. Mas não sabia pedir. Nunca soube. Então fazia o que sempre fez: atacava, controlava, exigia.
E agora, restava esperar para ver se ela o desafiaria… ou obedeceria.
Laura ficou olhando para a tela do celular ainda alguns segundos depois que a ligação foi encerrada bruscamente. Os olhos fixos, o maxilar tenso.
"Como ele ousa?"
Respir