Laura saiu correndo assim que Aline apontou o dedo pra mim, a menina sumiu pela porta como se tivesse visto um fantasma. Provavelmente foi atrás do pai.
Eu fiquei ali, parada, olhando pra Aline agora com a minha expressão bem mais séria.
— Por que eu faria isso de propósito? — perguntei, firme. — Nem te conheço e se você é amiga do senhor Rodrigo, vou te atender muito bem e com respeito. Eu errei, admito. Mas isso não vai se repetir.
Aline me analisou dos pés à cabeça, como se estivesse avaliando um objeto defeituoso. Depois chegou mais perto, falando baixo, venenosa.
— Não adianta tentar chamar a atenção dele. Rodrigo nunca tocaria em alguém tão feio e desarrumado como você. Uma babá inferior… isso? — ela fez um gesto com a mão, como se afastasse sujeira. — É lixo.
Segurei o impulso de rir alto e apenas deixei meus lábios se esticaram um pouco, a olhando de cima a baixo também.
— É por isso que você vem toda produzida visitar ele? — perguntei baixinho. — E adianta? Porque, pelo que