A Cadeira da Raiva

Se estivesse escrevendo um diário ou algum tipo de documento sobre a minha experiência em todo esse tempo, desde que vim parar em um manicômio, eu não saberia mais como iniciar uma simples página. Não sei em que dia estou, acho que nem mesmo o ano. Não sei as horas, e nem mesmo se é dia ou noite até que me venham buscar no meu quarto. Muitas ações do meu dia, da rotina diária, me surgem na memória apenas como inícios ou finais. Eu estou chegando no refeitório ou estou saindo do pátio. O rangido da escada ou o bater da porta. Apenas fragmentos.

Minha mente está se quebrando.

Os poucos momentos em que me vejo menos apático e um pouco mais seguro e ativo é quando na consulta com o doutor Bennet, ele resolve me soltar da coleira. Abre e fecha a maldita caixa de madeira e me deixa ir embora do consultório inteiro por um tempo.

Ele está me tratando como um brinquedo ao qual se da corda para

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