Chiara Bianchi sempre viveu à sombra do irmão gêmeo, Dario, um talentoso líbero de um dos times mais respeitados da Superlega Italiana. Quando um acidente o afasta das quadras, Chiara se vê diante de um grande dilema: assumir o lugar de Dario no time e se passar por ele, ou assistir o irmão perder sua posição e o seu time favorito ser prejudicado. Determinada a ajudá-lo, ela corta os cabelos, esconde sua identidade e enfrenta o maior desafio de sua vida. Dentro das quadras, o maior obstáculo de Chiara não é apenas manter seu segredo, mas lidar com Aki Ishikawa, o ponteiro japonês do time, que desconfia de "Dario" desde o início. Rígido, perfeccionista e totalmente focado no vôlei, Aki não tolera distrações, em particular principalmente aquelas que envolvem mulheres. Entre confrontos, desconfianças e partidas decisivas, Chiara tenta se destacar no campeonato italiano enquanto lida com os próprios sentimentos confusos por Aki, que não sabe que, por trás do jogador que ele critica, está uma mulher decidida a salvar a carreira do irmão. Segredos, sacrifícios e emoções se misturam em uma competição onde, mais do que o troféu, está em jogo a verdadeira identidade de Chiara e seus sentimentos mais íntimos.
Leer másO som dos tênis deslizando na quadra ecoava pelo ginásio. Chiara olhava para os próprios pés, ainda sem acreditar que estava realmente fazendo aquilo. Enquanto caminhava para iniciar seus treinos com sua melhor amiga, Martina, sua mente voou diretamente para aquele fatídico dia.
Dario, sorrindo no centro da quadra, pronto para mais um treino com a sua namorada. Chiara sentada na arquibancada, como fazia de costume, acompanhando os movimentos rápidos do irmão. Martina ao seu lado mexendo no celular como sempre, planejando seu próximo rolê.
Ninguém mais estava no ginásio. Era uma noite tranquila, e Dario aproveitava seu tempo de descanso antes do início da temporada. Para ele, não havia forma melhor de relaxar do que jogar uma partida com sua namorada, Elena.
Tudo parecia normal até que...
O impacto. O som seco de Dario caindo no chão. O grito de dor que quebrou o silêncio do ginásio.
Por um segundo, Chiara congelou. Era como se o mundo tivesse parado. Seu irmão, o jogador mais ágil que conhecia, estava no chão, contorcendo-se de dor. Ela mal conseguia acreditar no que via. Sua mente demorou para registrar o que havia acontecido. Martina, ao seu lado, reagiu primeiro, levantando-se de imediato.
— Dario! — Chiara gritou, seu corpo finalmente obedecendo. Ela desceu as arquibancadas correndo, com Martina logo atrás.
Quando chegaram até ele, o cenário era desesperador. Dario estava deitado no chão, as mãos segurando o joelho com força, o rosto contorcido de dor. Elena correu para o lado dele, com o rosto em pânico.
— Meu joelho. — Dario murmurava, os olhos fechados, tentando controlar a respiração ofegante. — Merda, meu joelho.
— Não se mexa! — disse Chiara, a voz trêmula enquanto se ajoelhava ao lado dele. — Vai ficar tudo bem, só não se mexa.
— E agora? O que a gente faz? — Elena perguntou, quase sem ar, enquanto olhava de Dario para Chiara.
— Vamos para o hospital — decidiu Martina, tentando manter a calma, mesmo que estivesse claramente assustada. — Mas tem que ser rápido e discreto. Ninguém pode ver.
Chiara assentiu. Sabia que, se o time descobrisse sobre o acidente, a carreira de Dario estaria em risco. Ele poderia ser substituído sem sequer ter chance de se recuperar. Tudo teria que ser feito às escondidas. Sem perguntas. Sem explicações.
Com a ajuda das duas, Dario foi colocado cuidadosamente no carro de Chiara. O caminho até o hospital parecia interminável, com o ar dentro do carro pesado de tensão. Cada curva, cada lombada parecia aumentar a dor de Dario, que mal conseguia falar. Quando finalmente chegaram ao hospital, Chiara pediu por atendimento rápido.
Horas se passaram, até que finalmente, o médico veio com o diagnóstico.
— A lesão no joelho é séria. — As palavras do médico soaram como um veredito sombrio. — Ele precisará de cirurgia e fisioterapia por pelo menos seis meses.
Chiara sentiu o chão sumir sob seus pés. Seis meses? Seis meses era tempo demais. O campeonato começaria em poucas semanas. Dario ficaria de fora. E se ele ficasse fora por tanto tempo, poderia perder sua vaga para sempre.
Ela trocou um olhar tenso com Martina, e em seguida, com Elena.
No carro, no caminho de volta para casa, Dario ficou em silêncio, os olhos fixos em seu joelho. A dor física agora dividia espaço com a dor emocional ao perceber o que havia acontecido. Chiara não conseguia vê-lo assim. Precisava fazer algo.
Foi naquela noite, ao chegar ao apartamento, que a ideia maluca começou a tomar forma. O silêncio pesava na sala, interrompido apenas pelos suspiros frustrados de Dario, que olhava para o joelho engessado com uma mistura de dor e desânimo.
— Não acredito que isso está acontecendo. — Dario murmurou, passando a mão pelo cabelo. — Eles vão me substituir, Chiara. E você sabe como é uma vez fora, é difícil voltar.
Chiara sentiu o peito apertar. Sabia o quanto o vôlei significava para o irmão. O olhar desolado de Dario a deixou inquieta, com as mãos suando.
— Não precisam te substituir. — Chiara começou, meio que falando consigo mesma. — Se eu me passar por você.
Dario levantou os olhos imediatamente, franzindo o cenho.
— O quê? Como é que é?
Chiara hesitou. As palavras saíram antes que ela pudesse pensar. Mas agora que estavam no ar, a ideia começava a tomar forma.
— Eu posso me passar por você — repetiu ela, agora mais firme. — Cortar o cabelo, usar suas roupas e jogar. Eu sei jogar, Dario. Treinamos juntos a vida toda.
— Mulher, você vai conseguir receber o saque daqueles homens gigantes? — Martina, que até então estava em silêncio, explodiu em uma risada debochada, tentando imaginar a cena.
Chiara revirou os olhos.
— Se o Dario consegue, por que eu não conseguiria? — retrucou, cruzando os braços, mas sorrindo.
— Porque obviamente ele é um homem, sua louca.
Martina deu de ombros, ainda rindo, mas com aquele brilho no olhar que indicava que ela estava começando a gostar da ideia. Dario, no entanto, ainda não parecia convencido.
— Isso é loucura — disse ele, balançando a cabeça. — Não estamos falando de uma partida entre amigos. Isso é a Superlega, Chiara! Como você vai se passar por mim? Não é só sobre se parecer comigo. Você teria que jogar no meu nível, e enganar todo mundo.
— Olha, a gente já enganou um monte de gente antes! — disse Chiara, agora mais confiante. — Somos gêmeos, Dario. Se eu cortar o cabelo e usar o seu uniforme, ninguém vai perceber a diferença. E além disso, eu sei como você j**a. Eu já te vi j**ar mil vezes, e treino com você desde sempre.
Martina balançou a cabeça, sorrindo.
— Amiga e o teu emprego?
— Eu peço demissão, não tem problema. O mais importante é salvar a carreira do Dario.
— Eu tô dentro. E vou ser sua "namorada", para ninguém desconfiar de nada. Vai ser ótimo! — disse, piscando para Chiara com um sorriso travesso.
Dario bufou, mas a ideia já estava ganhando forma em sua cabeça. Ele conhecia Chiara bem o suficiente para saber que, quando ela decidia algo, era quase impossível fazê-la mudar de ideia.
— Certo. — ele suspirou. — Mas se você for fazer isso, vai fazer direito. Eu vou assistir a todos os jogos e te dar dicas depois. Se for mesmo fazer isso, tem que ser perfeito.
— Você tá brincando, né? — Martina riu de novo, apontando para Dario. — Ela vai ter que fazer mais do que isso. Precisa treinar pesado!
Chiara assentiu, determinada.
— Eu sei que não vai ser fácil. Mas eu vou fazer. — Ela sorriu. — Vou te substituir, Dario. E vou dar o meu melhor.
— Isso vai ser uma confusão. — Dario resmungou, mas, no fundo, já havia aceitado, afinal não tinha nada que ele pudesse fazer.
Martina sorriu de orelha a orelha.
— Vai ser a melhor confusão que já vimos!
No centro da quadra, Martina estava terminando seu alongamento, olhando para Chiara com um sorriso encorajador no rosto. A melhor amiga estava sempre pronta para qualquer desafio, e esse não seria diferente.
— Mulher, pensei que você ia se perder no tempo aí — brincou Martina, jogando a bola para Chiara. — Está pronta? Hoje é o dia do primeiro treino oficial como Dario.
Chiara pegou a bola com um sorriso tenso. Ela ainda estava de cabelos compridos, balançando suavemente sobre os ombros, mas já sabia que aquilo não duraria muito tempo. Assim que terminassem o treino, seria hora de fazer o corte que a transformaria oficialmente no seu irmão.
— Ainda com os cabelos longos, hein? — Martina brincou, jogando os cabelos para o lado, imitando Chiara. — Mas depois desse treino, adeus cabelo, olá Dario 2.0.
Chiara revirou os olhos, rindo.
— É, estou só me despedindo deles enquanto posso. — Mas no fundo, ela sabia que a mudança seria mais profunda do que apenas cortar o cabelo. — Como você acha que eu vou me sair?
— Bom, se você conseguir sobreviver a esse saque que o canhão vai mandar, já vai ser um bom começo — provocou Martina, com um sorriso travesso.
Chiara deu um passo para trás, pronta para o desafio. Sabia que, por mais brincalhona que Martina fosse, ela não pegaria leve. Este seria o primeiro de muitos testes antes que ela pudesse entrar na quadra com o time.
— Vai com tudo, Martina Rossi. Eu já estou no espírito de Dario. — Chiara fez uma pose exagerada, imitando o irmão, o que arrancou uma gargalhada de Martina.
Depois de uma hora intensa de treino, Chiara deixou-se cair no chão da quadra, ofegante. Martina, ainda com energia de sobra, saltitava à sua volta como se o treino tivesse sido apenas um aquecimento.
— Ok, você sobreviveu — brincou Martina, estendendo a mão para ajudar Chiara a se levantar. — Agora é hora de dizer adeus às madeixas.
Chiara pegou a mão da amiga e se levantou com um suspiro.
— Não acredito que vou realmente fazer isso — murmurou, mexendo nos cabelos uma última vez. — Estou oficialmente me despedindo de mim mesma.
— Dramática — riu Martina, puxando Chiara pela mão enquanto se dirigiam para fora da quadra. — Vai ser libertador! Além do mais, se eu fosse você, estaria mais preocupada em como disfarçar sua voz do que com o cabelo.
— Não me lembra disso, por favor — Chiara revirou os olhos enquanto pegava sua mochila. — Um problema de cada vez.
As duas saíram do ginásio e entraram no carro de Martina, que dirigia com um sorriso de satisfação, claramente animada para o que estava por vir. O salão de cabeleireiro ficava a poucos quarteirões, e a tensão no estômago de Chiara só aumentava a cada metro que se aproximavam.
— Eu sei que parece assustador — começou Martina, olhando para Chiara de soslaio enquanto dirigia. — Mas pensa só, você está prestes a viver uma aventura que ninguém mais teria coragem de enfrentar. E o melhor, você tem o visual perfeito para isso!
— Ah, claro — Chiara respondeu com sarcasmo, fingindo entusiasmo. — Sempre sonhei em parecer meu irmão gêmeo.
Martina gargalhou.
— Bem, você vai arrasar. — Ela piscou para a amiga. — E, honestamente, acho que vai ficar muito estilosa com o cabelo curto. Pode até adotar esse visual para a vida.
— Estilosa? — Chiara fez uma careta. — Vou parecer um garoto de 17 anos, Martina. Não estou exatamente esperando me sentir poderosa com esse corte.
— Poderosa ou não, é o próximo passo — disse Martina, estacionando o carro em frente ao salão. — E se não gostar, você pode me culpar para o resto da vida.
Chiara riu, mas o nervosismo ainda a consumia. Elas entraram no salão, e o cabeleireiro — um homem elegante, com um sorriso profissional — as cumprimentou de imediato.
— Ah, então você é a corajosa que vai fazer uma transformação? — disse ele, olhando para Chiara com um ar de curiosidade.
Chiara hesitou, e Martina deu um leve empurrãozinho em suas costas.
— Ela está pronta — disse Martina com um sorriso travesso. — Vamos transformar essa garota.
Sentada na cadeira, Chiara viu seu reflexo no espelho e, por um momento, sentiu uma pontada de saudade de si mesma. Seus longos cabelos castanhos a acompanhavam por tantos anos. Parecia o fim de uma era.
— Tem certeza disso? — perguntou o cabeleireiro gentilmente, ao posicionar a tesoura.
Chiara respirou fundo, assentindo com firmeza.
— Corta tudo. — Sua voz saiu mais segura do que ela esperava.
As mechas começaram a cair lentamente ao chão, e, com cada uma, Chiara sentia-se cada vez mais distante da garota que sempre conheceu. Era estranho, mas, ao mesmo tempo, uma sensação de liberdade começava a crescer dentro dela.
Martina, do lado, observava tudo com um sorriso enorme.
— Adeus, Chiara. Olá, Dario. — Martina sussurrou.
Quando o cabeleireiro terminou, Chiara olhou para seu reflexo e quase não se reconheceu. Cabelos curtos, na altura das orelhas, com um toque desleixado. Definitivamente, Dario.
— E aí? — perguntou Martina, com um ar de expectativa. — Como se sente?
Chiara piscou, ainda surpresa com o reflexo, mas logo abriu um sorriso incerto.
— Como se estivesse prestes a entrar em um pesadelo — respondeu, rindo.
Martina deu um tapinha nas costas dela.
— É isso, garota! Agora é oficial. Bem-vindo a sua nova vida, Dario.
O cabelo longo foi embora, e com ele, sua identidade como Chiara Bianchi. A partir daquele momento, ela teria que ser outra pessoa.
Ela seria Dario Bianchi, líbero do Lombardy Lions.
O quarto de Aki estava um pouco escuro, iluminado apenas por alguns raios solares que passavam pelas persianas. O único som era o da respiração acelerada de ambos. Chiara desceu do colo dele, mas rapidamente sentiu a presença dele atrás de si, o calor que emanava do corpo dele a deixava completamente excitada. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, Aki aproximou-se, sua mão firme envolvendo delicadamente sua garganta. Não era força, mas controle, um gesto que fazia seu coração disparar e sua pele se arrepiar. Ele inclinou o rosto dela para o lado, a ponta dos dedos roçando seus lábios, tudo que se passava em sua mente era o quanto ele desejava aquela mulher.Quando os lábios dele encontraram os dela, o beijo foi cheio de desejo contido. Chiara mal conseguia raciocinar, só sabia que tudo que ela queria era ele. Sem aviso, ela girou o corpo, seus braços se agarrando ao pescoço de Aki enquanto ela pulava em seu colo, as pernas se entrelaçando em volta de sua cintura. O movimento foi ráp
Chiara saiu do quarto usando a camiseta de Aki, que caía levemente solta em seu corpo, cobrindo até metade das coxas. O tecido macio roçava sua pele, e ela se sentia estranhamente confortável – e ao mesmo tempo inquieta. Aki, por outro lado, ficou estático ao vê-la. Seus olhos demoraram um pouco mais do que o necessário para subir das pernas de Chiara até seu rosto. Ele engoliu em seco, afastando pensamentos que, claramente, não deveria estar tendo.“Eu poderia me acostumar com isso”, pensou ele, sem conseguir desviar o olhar.— Serviu? — Ele perguntou, tentando soar casual, mas sua voz entregava algo mais.— Sim. — Chiara respondeu, mexendo na barra da camiseta como se tentasse se esconder. Ela se sentou no sofá novamente, mas o ar parecia mais carregado do que antes.Aki respirou fundo, passando a mão pela nuca enquanto tentava recobrar a compostura. Sentou-se ao lado dela, a uma distância que considerava segura – embora a proximidade fosse suficiente para ele sentir o perfume dela.
Chiara respirou fundo, parada na frente da porta do apartamento de Aki. A sensação de desconforto que vinha sentindo desde a noite anterior parecia crescer a cada segundo. A mensagem de Asana, que havia perturbado sua mente por horas, fora esquecida temporariamente. Agora, tudo o que ocupava seus pensamentos era o convite de Aki e o fato de que passariam o dia juntos. Ela estava nervosa – mais do que gostaria de admitir.Ergueu a mão para tocar a campainha, mas hesitou no último segundo.“Você consegue, Chiara,” pensou, mordendo o lábio inferior.“É só um dia. Nada demais.”Antes que pudesse reunir coragem para bater, a porta se abriu, e Aki apareceu. Ele usava uma camisa básica e jeans escuros, algo raro de se ver, já que estava quase sempre em roupas esportivas. O cabelo úmido caía de forma despretensiosa na testa, como se ele tivesse acabado de sair do banho.— Achei que você fosse ficar aí para sempre. — Ele cruzou os braços, apoiando-se no batente da porta, um pequeno sorriso dan
Quando Chiara chegou à academia, a primeira coisa que viu foi Aki, focado em seu primeiro exercício. Ele estava de costas, os músculos bem definidos se movendo sob o tecido leve da camiseta, e sua concentração parecia inabalável. Chiara percebeu que havia esquecido completamente da mensagem de Asana. O incômodo inicial da manhã, a irritação por ela ter encontrado o seu Instagram, tudo tinha desaparecido tão logo ela viu Aki.Era como se ele estivesse monopolizando todos os seus pensamentos naquela manhã, e, sinceramente, ela não sabia como se sentir sobre isso. Na verdade, ela não queria admitir, mas estava completamente apaixonada por Aki Ishikawa. Ela olhou ao redor, procurando Luca, seu parceiro de sempre, mas ele não estava em lugar nenhum.“Provavelmente dormiu demais”, pensou, mordendo o lábio.Luca era pontual, mas até ele tinha suas manhãs de preguiça. O pensamento trouxe um sorriso breve, mas ela ainda se sentia ansiosa, como se algo estivesse para acontecer.O ambiente da a
Chiara acordou cedo, o despertador nem havia tocado ainda. Com os olhos semicerrados, estendeu a mão para o celular. Assim que desbloqueou a tela, foi surpreendida por uma notificação no Instagram. Uma mensagem direta. Ao abrir o aplicativo, seu coração deu um salto.— Asana?!Ela piscou algumas vezes, esperando estar sonhando. Mas lá estava:"Olá! Tudo bem? Sou Asana, amiga do seu irmão. Será que poderíamos conversar um pouco?"Chiara leu a mensagem novamente, como se o conteúdo fosse mudar de repente.“Amiga do Dario? Essa mulher é insuportável.”Respirou fundo e apoiou o celular no peito, olhando para o teto do quarto. Não era só o incômodo de Asana rondar Dario; a ideia de vê-la perto de Aki a deixava inquieta. Asana era uma ameaça ambulante, e tudo o que Chiara não queria era mais problemas envolvendo as pessoas que ela gostava.Decidida, ignorou a mensagem. A última coisa que faria seria dar abertura para aquela mulher. Deslizando os dedos pelo teclado, resolveu fofoca com Marti
A noite estava silenciosa no quarto de Asana, quebrada apenas pelo som das unhas longas batendo no teclado do notebook. A luz da tela refletia em seus olhos, fixos na busca incessante por informações. Ela suspirou, impaciente, enquanto digitava pela terceira vez o nome "Dario Bianchi" no Google. As páginas abertas mostravam o que ela já sabia: reportagens esportivas, estatísticas, algumas menções sobre a temporada atual. Nada que realmente a ajudasse.— Você é um mistério, Dario... — murmurou, apoiando o queixo na mão enquanto encarava a tela. — Mas ninguém consegue se esconder completamente.Com um novo estalo de determinação, ela começou a digitar novamente. Se não conseguia achar nada específico sobre ele, talvez procurar pelo sobrenome fosse mais útil. Era um caminho mais longo, mas ela tinha tempo e paciência. Aos poucos, os resultados começaram a aparecer. Fotos de eventos, pessoas aleatórias com o sobrenome “Bianchi”. Nada relevante. Mas então, entre os resultados, surgiu um pe
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