O som da chuva fina batendo na janela foi a primeira coisa que Chiara escutou. Ainda de olhos fechados, ela sorriu ao sentir o toque suave de dedos passeando por suas costas, desenhando caminhos invisíveis na pele quente.
— Você sempre acorda assim, quietinha? — a voz de Aki soou baixa, rouca de sono, tão próxima que ela podia sentir o calor da respiração dele em seu pescoço.
— Estou processando... — murmurou, abrindo os olhos lentamente, sem querer encarar o mundo de vez.
Aki riu baixinho e se aproximou mais, o peito nu encostando em suas costas.
— Processando o quê? A noite maravilhosa que a gente teve ou o fato de eu ser excelente companhia matinal?
— As duas coisas. — ela respondeu, virando-se de lado, até ficar de frente para ele. — Mas eu ainda não decidi se você é excelente ou só convencido.
Ele sorriu, os olhos apertados de sono.
— Eu voto nos dois.
Chiara riu e, sem pensar muito, passou o dedo no cantinho da boca dele.
— Você dorme de um jeito engraçado... meio sério demais.