— Alô!
— Marcela, oi! É o Luís, tudo bem? — pergunto com um sorriso largo. Faz tempo que não nos vemos e nem nos falamos.
— Luís, há quanto tempo? Estou bem e você, como está?
— Estou bem na medida do possível — digo e ela suspira. Ela sabe exatamente do que estou falando. — Preciso conversar com você, prima. Podemos marcar um horário?
— Sim, claro! Pode ser amanhã, na hora do almoço?
— Na hora do almoço está ótimo! A gente pode se encontrar naquele restaurante da praia pra relembrar os velhos tempos, o que acha?
— Pode ser! Te vejo lá amanhã, então. Um beijo, querido!
— Outro, Marcela! — digo encerrando a ligação e me ponho a andar pela sala me sentindo inquieto, exaltado. Está na hora de começar a enterrar o meu passado de vez! Sento-me no sofá e largo o celular ao meu lado, para logo voltar a olhá-lo. Como será que a Ana está? Deve estar chateada comigo. Sim, com certeza ela está. Será que se sentiu rejeitada? Droga! Meu Deus, eu não queria que isso acontecesse. Definitivamente,