OBS: Este romance é uma duologia. Este é o livro 2. Um romance carinhoso, com muitas emoções, amizade, família e muito amor. Depois da confusão inicial, Vitor e Juliana precisam aprender a conviver e aos poucos vão se descobrindo e entendendo que para o amor não existem problemas que possa afastar dois corações que se querem. Uma história carinhosa de amizade, amor e família.
Ler maisResumo Sem Querer: livro 1
Após ficarem juntos depois de uma bebedeira, Juliana e Vitor se envolvem em uma grande mentira, cada um com seu motivo e acabam se enrolando cada vez mais.
Ela quer sair de casa e ter sua vida própria, mas a família é contra. Ele quer ter um lugar onde possa refazer sua vida.
Juntos e por motivos particulares começam a procurar o melhor modo de organizar as coisas e diminuir a confusão e o prejuízo causado pela farsa que inventaram.
Enquanto familiares e amigos esperam que haja apenas um caminho para eles, os dois já estão em busca de seu plano ideal, mesmo que isso incomode aos demais.
No final do livro anterior, ambos estão em dúvida se estão fazendo a coisa certa ou apenas piorando a situação.
Esta é a continuação da história de Juliana e Vitor para chegar ao seu objetivo.
Boa leitura!
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Parte 1
“Dois corpos,que se encontraram,vagando sem destino,
se encontraram.Duas almas,e todo um sentimento,que quase se perdeu,
mas,se encontraram.
Seu coração é cheio
de pureza e verdade e
tudo o que você faz tem
a sua intensidade.
Isso me faz
feliz de verdade.”
Quando Vitor sentiu que estava sendo observado, parou e encontrou a responsável.
Juliana!
Ela o observava da janela de seu quarto no andar de cima. Era estranho ter essa sensação de que estava cometendo um erro e um acerto ao mesmo tempo.
Tudo por causa dela.
Sendo justo, por causa dele e de sua libido fora de hora.
Se tivesse mantido suas mãos longe dela, nada disso teria acontecido.
Ao longe Jessé gritou por ele. Cobriu a cabeça com o chapéu de novo e continuou seu percurso. Iriam ver uma nova aquisição para a fazenda e Jessé queria sua opinião.
Era até de admirar que ainda estivesse trabalhando ali. Depois que Joel voltou de sua lua de mel ele achou que seria mandado embora, mas ainda não.
Eles não pareciam felizes de verdade com seu suposto casamento com a irmã mais nova. Até diziam isso, mas no fundo ele se sentia incomodado.
Sabia que apesar de ter suas qualidades, os irmãos queriam que Juliana se casasse com outro fazendeiro, alguém que tivesse mesmo posses e mais cultura do que ele.
Entendia o sentimento, mesmo achando que isso tudo era bobagem. E eles nem sabiam que na verdade a ideia do casamento só tinha acontecido por causa da boca grande dela, com medo de que ele perdesse o emprego.
O que em breve aconteceria. Mas seria ele a se afastar quando se casassem.
Era engraçado pensar assim, já que ela criou a farsa e resistia até pouco tempo em casar de verdade.
Ele prometera ao irmão dela que não deixaria que a irmã ficasse mal falada por ter dormido com um peão da fazenda.
Dera sua palavra e iria até o final com isso. Não era um homem de acertar algo e depois desfazer. Mesmo que isso o prejudicasse.
O vento ficava mais frio. A estação começava a mudar e ele parecia seguir o mesmo caminho. Estava pensativo.
Quando tudo estourou ele ficou até com raiva dela tê-lo metido em uma confusão que poderia sair muito bem. No máximo ficaria sem emprego e talvez sem alguns dentes e ganharia alguns roxos pelo corpo.
Aos poucos começou a entender mais como ela pensava e era muito divertido ver suas nuances de mudança de temperamento.
Juliana era um pacote completo e complexo. Não era pra qualquer um e ele gostava dessa dificuldade.
A melhor parte era que ela era de confiança. Verdadeira.
A pior é que tinha um gênio do cão.
Ele gostava muito de trabalhar e morar na fazenda. Já tinha comprado suas terras para mais adiante viver de seu jeito, criando gado como sabia fazer.
Morava ali porque além de economizar ficava mais fácil de trabalhar estando sempre por perto e gostava das pessoas.
Não é bom ficar muito tempo sozinho. Ele sabia bem disso porque durante o tempo em que ainda estava com a cabeça embaralhada pelo que havia acontecido com Marta, sua ex-mulher, ele tinha se isolado. Mas isso não é bom.
Marta o enganou da pior forma. Ficou semanas pensando que teria um filho, estava feliz e fazendo planos. Então ela finalmente revelou que o filho não era dele.
Possivelmente poderia ser de um de seus amantes ou de algum encontro furtivo que tivera quando saía com as amigas.
Nem mesmo ela sabia direito. A dúvida só foi mesmo solucionada com um teste de DNA ainda no começo da gestação.
Marta estava com nove semanas de gravidez e ele conseguiu que fosse feito o teste de paternidade pré-natal, o que a fez confirmar que ele não poderia ser o pai.
Acabou mesmo soltando a língua e aí ele descobriu sobre todos os seus outros casinhos. Marta tinha dois amantes fixos sempre que ele viajava para trabalhar com funcionários da fazenda.
Depois desse fracasso ele tentou se convencer de que ser solteiro seria o melhor. Até a noite em que acabou na cama com Juliana.
Se tornou um mulherengo, saindo com qualquer uma que o agradasse. Claro que não se envolvia e nem passava muito tempo com elas, apesar de muitas ficarem atrás dele.
Já de saco cheio decidiu que o melhor seria se afastar e foi embora da cidade, indo de lugar em lugar, sempre procurando algo que o fizesse ficar por um tempo.
Não se preocupava com dinheiro. Mesmo deixando a casa e o carro para Marta, ele tinha suas economias que começara desde adolescente. E outra coisa surgiu depois.
Começou a trabalhar ainda muito novo, aos doze anos, querendo ser independente e com a ajuda do dono da ferraria, seu primeiro emprego, aprendeu como separar as coisas e manter um seguro para seu futuro.
Mas detestava ficar parado e tinha planos grandes, então não dava para ficar só de curtição ou desperdiçando tempo e dinheiro.
Quando chegou em Andaluz logo de cara gostou do lugar. A cidade pequena tinha seu charme e o atraiu com o jeito calmo dos habitantes, suas ruas arborizadas e praças cheias de flores que durante o inverno ficavam como revistas natalinas.
A neve deixava tudo muito lindo e dava um ar ainda mais de família. Apesar de que depois era horrível quando começava a derreter enlameando as ruas.
E em Andaluz havia algo que outra cidade pequena não tinha. Três clubes totalmente direcionados ao sexo e prazer.
O melhor de tudo e que se admirou, foi que a população não se importava e não havia críticas sobre isso. Até visitantes vinham para a cidade para os eventos dos clubes.
Claro que se empolgou e por um tempo chegou até a frequentar um deles, mas depois parou e usava mais o bar para ficar com os amigos do que para ter sexo mesmo.
Depois de pouco tempo já estava se sentindo quase um nativo do lugar e não queria mais sair dali. Poderia morar em definitivo.
Procurou emprego e soube da fazenda e de que precisavam de novos funcionários. Foi até lá e Joel foi quem lhe deu o emprego.
O lugar era muito grande, bonito e tudo funcionava bem. Não seria difícil trabalhar ali e passou a morar nos alojamentos para funcionários quando foi efetivado.
Os irmãos passaram a confiar mais em seu trabalho e por isso mesmo não parava para observar Juliana, a irmã mais nova e menos ainda as esposas. Não queria problemas.
Foi ficando íntimo e conseguiu até que outros fazendeiros o contratassem e o dinheiro foi aumentando em sua conta.
Quando viu a oportunidade surgir, não perdeu tempo e comprou as terras de um casal que iria se mudar.
Não era tão grande como as terras da família dela e nem tão bonita. Estava precisando de melhorias, mas isso ele faria depois.
E tinha uma casa grande que precisava de reformas. Morando na fazenda teria tempo e dinheiro para investir ali e em breve poderia ele mesmo ter sua criação de gado.
Agora estava noivo de Juliana de um dia para o outro. Na manhã seguinte foi que sua cabeça começou a funcionar direito e entendeu o que havia feito.
Juliana andava de um lado para outro no quarto._ Ju, assim você vai ficar suada antes mesmo de entrar na igreja.Briana segurou sua mão._ Por que tanto nervosismo, criatura?_ Eu vou me casar - balançou o véu._ Ué... Mas você já é casada - riu._ Sim, mas agora vou me casar de véu e grinalda, na frente de todos. É diferente._ Ah, que bobagem - segurou seus braços _ Tem um homem que te ama te esperando ansioso. Não pode fazê-lo esperar mais do que já fez._ Não estou tão atrasada assim._ Vinte minutos - Analice disse _ Já estão todos na capela e lembre-se de que depois tem a recepção._ Melhor a gente ir logo - Briana ajeitou seu vestido _ Está começando a ventar frio.Juliana respirou fundo duas vezes, mexeu os ombros para relaxar e saiu acompanhada das
Parte 2_ Amo sim - segurou seu rosto _ Nem sei como, mas eu amo._ Então pronto, está tudo perfeito.Antes de a beijar, ele pegou sua mão e colocou em seu peito e colocou a mão em sua barriga e parou aí._ Feliz? - ela perguntou._ Muito, muito feliz!Deitou a levando com ele. Não fizeram amor, só carícias e conversaram baixinho, como para ninguém mais ouvir suas declarações de amor e promessas do futuro.* Três semanas depois...Juliana e Vitor quase não pararam.Tudo o que ela queria fazer, ele deu um jeito de realizar.Ela queria apelidos carinhosos que fossem só deles. Depois de rirem muito, acabaram ficando mesmo com Ju e Vi.A falta de acordo resultou no mais simples. As iniciais dos nomes. Embora muitas vezes ele a chamasse de “mô” e ela o chamasse de “meu cowboy”. Era carin
Parte 1Juliana não se aguentava mais de ansiedade. A unha do polegar já estava tão comida que chegava na pele.Foi um susto enorme, mas que ela precisava contar a Vitor.Ele estava fora com os irmãos, fazendo uma compra grande em um leilão e só voltariam no final da tarde, talvez à noite.Não queria falar por telefone e nem enviar mensagem, então teria que suportar a ansiedade até ele voltar.*******_ Tia, por que você tá “ruendo” unha?Ela sorriu para a sobrinha que sentou ao seu lado no banco embaixo da árvore._ Estou pensando, amor._ Em que? - colocou a boneca no colo._ Coisas da vida - a beijou e ela riu._ Quando eu ficar grande, vou pensar na coisa também?Ela riu e a puxou para o colo, mexendo com a boneca que faltava um sapato._ Quando você for grande, vai ter uma fa
Parte 1Juliana não queria, mas tinha que confessar, mesmo com receios._ Eu... Também me apaixonei por você - disse baixinho.Ele sorriu e a apertou forte._ Repete - pediu._ Ah... Eu também amo você - disse mais forte _ Ouviu agora? - o apertou de volta e se sentiu livre _ A fazendeira ama o peão.Ele sentou na cama e a colocou em seu colo, lhe fazendo carinho no rosto. Por um instante apenas ficaram calados.Depois trocaram outro beijo e ela deitou a cabeça em seu ombro._ Então eu vou vestir branco?_ Vai sim - disse sorrindo _ E eu vou adorar ver você assim._ Onde vamos nos casar? - entrelaçou os dedos aos dele._ Hum... Que tal na capela da nossa nova propriedade?_ Mas ela está abandonada._ E daí? - brincou com seus dedos _ A gente pode fazer uma reforma completa rapidinho._ Seria ótimo -
Parte 2Ela saiu de novo à cavalo e seguiu na direção onde os homens estavam trabalhando no fundo do terreno.Só Joel e três funcionários estavam no lugar, ainda olhando se havia mais algum ponto da cerca quebrado._ Cadê o Vitor?_ Ele deve estar no escritório da sede com Jessé - respondeu _ Já tive uma conversa com ele._ Vocês brigaram? - abriu bem os olhos._ Não - deu um risinho _ Mas se prepare para ter um casamento adequado, com vestido branco e tudo._ Que? - franziu a testa._ Depois a gente conversa.Ela saiu atrás de Vitor. Também não estava no escritório. Foi até o quarto dele e bateu na porta com força três vezes._ Vai arrombar? - ele abriu a porta e ela passou depressa _ O que foi? - fechou assim que ela passou._ Você se machucou? - perguntou afobada _ Onde?
Parte 1Vitor não teve muito tempo para procurar Juliana e achou melhor enviar mensagem direta.“Ju, preciso falar com você. Por favor, vem ao meu quarto hoje à noite”.Ela viu a mensagem, mas estava chateada e não quis responder. Antes queria pensar no que havia descoberto. Tinha muita coisa envolvida.Ligou para Flor, sua amiga mais calma e sensata e a chamou para vir até em casa para conversarem.Flor não demorou para chegar e as duas saíram à cavalo na direção do milharal. Pararam embaixo de uma árvore de copa frondosa e sentaram embaixo.Juliana levou uma grande toalha de piquenique com uma cestinha._ Pode começar a falar - Flor deitou ao lado dela _ Qual o problema agora?Ela contou sobre a descoberta._ Tá, mas e daí amiga? Vocês mal começaram o relacionamento e recém casaram, aos pouco
Último capítulo